sexta-feira, março 05, 2004
O Pecado Sob As Águas
Mystic River, de Clint Eastwood
Os diasfelizes conseguiram finalmente ver o Mystic River. O cinema velho, as cadeiras já na terceira pele, o escuro poeirento, o café tomado no restaurante gorduroso em frente ajudaram a entrar no universo de uma Boston sorumbática, gélida e perversa onde as personagens de Eastwood se movem entre a vingança e o remorso, a culpa e a inocência, o pecado e a expiação. poderosamente atmosférico, o filme de Eastwood, oscilando entre o thriler e o filme negro, retrata sem pudor, a ténue linha existente entre a perversidade humana e o seu oposto, revelando-nos um intenso tecido cicatricial marcado pela dor, pela solidão e pelo ódio. mergulhando as personagens interpretadas magnificamente por Sean Penn, Tim Robbins, e Kevin Bacon num ciclo de violência interna, Eastwood retrata a profundidade do mal que aflora à superfície do quotidiano, habitáculo do mal, para o mergulhar depois sob as águas como se estas fossem um falso alívio, uma expiação, a continuação das sombras. o filme mais negro e desesperado do realizador e um dos melhores filmes do ano que passou.
Mystic River, de Clint Eastwood
Os diasfelizes conseguiram finalmente ver o Mystic River. O cinema velho, as cadeiras já na terceira pele, o escuro poeirento, o café tomado no restaurante gorduroso em frente ajudaram a entrar no universo de uma Boston sorumbática, gélida e perversa onde as personagens de Eastwood se movem entre a vingança e o remorso, a culpa e a inocência, o pecado e a expiação. poderosamente atmosférico, o filme de Eastwood, oscilando entre o thriler e o filme negro, retrata sem pudor, a ténue linha existente entre a perversidade humana e o seu oposto, revelando-nos um intenso tecido cicatricial marcado pela dor, pela solidão e pelo ódio. mergulhando as personagens interpretadas magnificamente por Sean Penn, Tim Robbins, e Kevin Bacon num ciclo de violência interna, Eastwood retrata a profundidade do mal que aflora à superfície do quotidiano, habitáculo do mal, para o mergulhar depois sob as águas como se estas fossem um falso alívio, uma expiação, a continuação das sombras. o filme mais negro e desesperado do realizador e um dos melhores filmes do ano que passou.