terça-feira, setembro 28, 2004
À MEMÓRIA DO PAI
O Regresso
Rússia - 2003
105 min - Drama
Andrei Zvyagintsev (Realização)
Esta primeira obra de Andreï Zviaguintsev é proporcionalmente bela à capacidade de pronunciar e memorizar o imprenúnciavel e imemorizável nome do realizador russo que com este filme, à sombra tutelar de Tarkosvki, nos enche de uma clausura árida atormentada de beleza, memória, medo, revisitação e morte. Ao vê-lo, somos abalados por uma sucessão atordoante de imagens que nos perfuram a alma depois de entrarem pela pele adentro e nos reviram do avesso, sem concessão. Viagem iniciática pelo interior da identidade, O Regresso, é a história de dois irmãos, cujo regresso inesperado do pai, depois de uma ausência de 12 anos, vai provocar, de uma forma abrupta e misteriosa, o reencontro destes com a sua memória, numa descoberta solitária e incompleta do poder do afecto e do sangue, perturbada pelo medo e pela descoberta da morte. Metáfora sobre a incomunicabilidade, o passado, o amor e a redenção, O regresso, é um filme construído como um longo poema visual, de uma beleza desolada, onde as respostas não importam mais do que o olhar para lá da ausência.
O Regresso
Rússia - 2003
105 min - Drama
Andrei Zvyagintsev (Realização)
Esta primeira obra de Andreï Zviaguintsev é proporcionalmente bela à capacidade de pronunciar e memorizar o imprenúnciavel e imemorizável nome do realizador russo que com este filme, à sombra tutelar de Tarkosvki, nos enche de uma clausura árida atormentada de beleza, memória, medo, revisitação e morte. Ao vê-lo, somos abalados por uma sucessão atordoante de imagens que nos perfuram a alma depois de entrarem pela pele adentro e nos reviram do avesso, sem concessão. Viagem iniciática pelo interior da identidade, O Regresso, é a história de dois irmãos, cujo regresso inesperado do pai, depois de uma ausência de 12 anos, vai provocar, de uma forma abrupta e misteriosa, o reencontro destes com a sua memória, numa descoberta solitária e incompleta do poder do afecto e do sangue, perturbada pelo medo e pela descoberta da morte. Metáfora sobre a incomunicabilidade, o passado, o amor e a redenção, O regresso, é um filme construído como um longo poema visual, de uma beleza desolada, onde as respostas não importam mais do que o olhar para lá da ausência.
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