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domingo, outubro 03, 2004

PAPAR FILMES COMO PIPOCAS SALGADAS


Lisboa anda inundada de festivais, uns melhor do que outros, e com perspectivas e objectivos diferentes. Acabado de entrar em finados o Indie Lisboa, o 1º Festival Internacional de Cinema Independente aqui do burgo, já anda por aí a cheirar a 5ª Festa do Cinema Francês. Os dias felizes andam a papar filmes compulsivamente. Hoje foram mais dois, de enfiada, no encerramento do Indie, para compensar a dor de alma de não poder ir ver o Super Size Me:


Struggle

Austria 2003

Realização e Produção: Ruth Mader



Filme brutal em que a luta diária pela existência, quer material, quer afectiva, assume o caminho do desespero. Tem uma sequência inesquecível num matadouro de perus que faz qualquer um ir comer ervinhas para o campo. Violento, a possibilitar, no fim, um resto de alma. Gostei muito.

O meu voto: 4



Vibrator


Japão 2003

Realizador: Ryuichi Hiroki


Quando tudo o que se sente no corpo e na alma é um telemóvel a vibrar, resta tentarmos uma única tentativa de tocar o outro. E, se o filme não me tocou o coração é porque o vazio é assim mesmo. Road Movie japonês, entrecortado por cenas clínicas de sexo dentro de um camião, os vómitos da protagonista e o cabelo louro platinado do condutor da carripana com o qual parte numa viagem de 3 dias para entrega de mercadorias, saída directamente de um supermercado onde no fim regressa, e temperado com uma nostalgia sintética, Vibrator pode levar alguns espectadores menos pacientes a ficarem com os olhos em bico, pelo menos os que não cederem à tentação de cerrarem as pálpebras, aqui ou ali.

O meu voto: 3 (quase, quase a resvalar para o 2)

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