domingo, novembro 07, 2004
Ó WIM, A GENTE PERDOA-TE OS MAUS FILMES, PÁ
Desde sempre a música teve um papel preponderante no cinema de Wim Wenders, enquanto envolvência estética e perfeita comunicação com as imagens e o espectador, como por exemplo na obra prima que é Alice nas Cidades (e não é dos títulos de filmes mais bonitos de sempre?), com a magnifica banda sonora dos Can, ou nesse expoente máximo da obra de Wenders que é o Asas do Desejo (nota: passa hoje na RTP, em horário não avalizado) com a inesquecível presença do Nick Cave a cantar mesmo em frente dos nossos olhos, num circo decadente. E com a banda sonora de Until the end of the world, wenders logrou mesmo alcançar o grande público com uma BSO onde davam ares da sua graça nada mais nada menos que os nossos amiguinhos Talking Heads, a evanescente e angélico-kitsch Julee Cruise, o gajo mais feio da música ex-aquo com o Iggy Pop,, o Lou Reed, novamente os Can, os REM, o Elvis Costello, mais uma vez o Nick Cave & The Bad Seeds, os Depeche Mode, a Patti Smith, e os U2. Coisas bastantes comestíveis portanto (com excepção dos U2 que me dão um pouco de azia) e tudo num filme só, o que é obra. E, last but not the list, com o Buena Vista Social Club, Wenders entra decididamente na divulgação maciça da banda sonora, onde ressuscitou os Buena Vista do limbo onde já se preparavam para terminar os seus último serões, com o sucesso que se viu. E, mais aqui para o burgo, o homem anda se atirou de boca cheia aos Madredeus, com o Lisbon Story, com resultados bastante infelizes, mas que resultaram em mais um excelente disco da Teresa Salgueiro e companhia, que na altura não chateavam tanto a malta com o mar, a saudade e o infinito. Ora com o novo filme, Land Of Plenty, temos uma nova banda sonora recheada de coisas boas, o que não deixa de ser importante, até porque o filme apesar de escoreito, não deixa de ser bastante sensaborão e nada acrescentar à obra do cineasta, que de facto já conheceu melhores dias. E quanto à banda sonora? Ora tomem lá: Leonard Cohen (em dose dupla), David Bowie, Travis, e bastante surpresas, mais ou menos desconhecidas.Toca a ouvir, pois pois, se fecharem um bocadinho os olhos não importa nada.
Álbum da semana: Arve Henriksen – Chiaroescuro
Cover da semana: The Faint – Enola Gay
Tusa da semana: a Emilie Simon a cantar Flowers
Desde sempre a música teve um papel preponderante no cinema de Wim Wenders, enquanto envolvência estética e perfeita comunicação com as imagens e o espectador, como por exemplo na obra prima que é Alice nas Cidades (e não é dos títulos de filmes mais bonitos de sempre?), com a magnifica banda sonora dos Can, ou nesse expoente máximo da obra de Wenders que é o Asas do Desejo (nota: passa hoje na RTP, em horário não avalizado) com a inesquecível presença do Nick Cave a cantar mesmo em frente dos nossos olhos, num circo decadente. E com a banda sonora de Until the end of the world, wenders logrou mesmo alcançar o grande público com uma BSO onde davam ares da sua graça nada mais nada menos que os nossos amiguinhos Talking Heads, a evanescente e angélico-kitsch Julee Cruise, o gajo mais feio da música ex-aquo com o Iggy Pop,, o Lou Reed, novamente os Can, os REM, o Elvis Costello, mais uma vez o Nick Cave & The Bad Seeds, os Depeche Mode, a Patti Smith, e os U2. Coisas bastantes comestíveis portanto (com excepção dos U2 que me dão um pouco de azia) e tudo num filme só, o que é obra. E, last but not the list, com o Buena Vista Social Club, Wenders entra decididamente na divulgação maciça da banda sonora, onde ressuscitou os Buena Vista do limbo onde já se preparavam para terminar os seus último serões, com o sucesso que se viu. E, mais aqui para o burgo, o homem anda se atirou de boca cheia aos Madredeus, com o Lisbon Story, com resultados bastante infelizes, mas que resultaram em mais um excelente disco da Teresa Salgueiro e companhia, que na altura não chateavam tanto a malta com o mar, a saudade e o infinito. Ora com o novo filme, Land Of Plenty, temos uma nova banda sonora recheada de coisas boas, o que não deixa de ser importante, até porque o filme apesar de escoreito, não deixa de ser bastante sensaborão e nada acrescentar à obra do cineasta, que de facto já conheceu melhores dias. E quanto à banda sonora? Ora tomem lá: Leonard Cohen (em dose dupla), David Bowie, Travis, e bastante surpresas, mais ou menos desconhecidas.Toca a ouvir, pois pois, se fecharem um bocadinho os olhos não importa nada.
Álbum da semana: Arve Henriksen – Chiaroescuro
Cover da semana: The Faint – Enola Gay
Tusa da semana: a Emilie Simon a cantar Flowers
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